
É o orixá das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o português, significa luta, batalha, briga, Divindade masculina iorubana,é o filho primogênito de Oduduá, fundador dos iorubás , é seu filho mais enérgico e tornou-se regente da cidade de Ifé quando seu pai ficou temporariamente cego. Segundo a mitologia iorubá é considerado o mais ativo entre todos os eborás. Aliado poderoso, guerreiro feroz, Ogum é líder, centralizador de poder e hábil estrategista. Ogum é desbravador,conquistador, guerreiro feroz e destemido. Foi o deus Orixá Oguian quem lhe ensinou a lutar e a trabalhar com o ferro e com a agricultura. Mas foi Ogum quem entregou os segredos dessa cultura aos homens, por isso ele é chamado de Ogum Alagbedé, o ferreiro. Ele confeccionava as
ferramentas para poder cultivar a terra de forma que também ficou conhecido como o deus da agricultura, daí a importância desse eborá para todos os povos de língua iorubá. É o Orixá guerreiro. Deus do ferro e da guerra. Seu domínio são as retas dos caminhos, as lutas e o trabalho,dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos.Veste-se de verde e vermelho. Traz sempre sua espada pronta para o
ataque, pois ela é o braço de Ogum. Ele é o dono do Obé (faca). Seu dia é quinta-feira e sua saudação é "Ogunhê “.
Características dos filhos de Ogum:
Seus filhos, são pessoas com um apurado senso de honra e incapazes de perdoar uma ofensa. São fisicamente muito resistentes, curiosos por natureza, possuem muita capacidade de concentração e perseguem seus objetivos com determinação. Os filhos de ogum possuem temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem
seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, consequentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta, estão sempre envolvidos com demandas, mestres do atirar verde pra colher maduro, as vezes muitos desconfiados. Seu lema principal é vencer na vida, não importando qual tipo de trabalho ou esforço para conseguir seus ideais. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor. A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Iniciam tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Estão
sempre em busca do considerado o impossível, do desafio. Tal qual o orixá, seus filhos sempre atacam pela frente, de peito aberto, como o clássico guerreiro, não admitindo injustiça e costumam proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daqueles que querem proteger.
Classes: Avagã, Onira, Olobedê e Adiolá
Ferramentas: espada, faca, enxada, ferradura, lança, martelo, bigorna, pá, cobra feita de aço, alicate, serrote, espingarda, escudo.
Ervas: aroeira; pata de vaca, carqueja, alevante, comigo-ninguém-pode, espada de S. Jorge; flecha de Ogum; flor de ogum, guiné, orô, quebra-tudo, fortuna.
Cores e Contas: Vermelho e Verde.
Sincretismo : Durante o período da escravidão, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente. Ogum é um dos orixás mais populares no Brasil conhecido sobretudo como deus da guerra, e a partir desse sincretismo na forma de São Jorge, o santo guerreiro do catolicismo. cuja festa é comemorada em 23 de abril. No sul também associamos Ogum a Santo Expedito, cuja festa é comemorada no dia 19 de abril.
Reflexão : A liberdade religiosa está assegurada no art. 5º, inciso VI, que textualmente diz que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. A partir disto não seria tempo de revermos o sincretismo?
Existe ainda a necessidade de escondermos atrás de outra religião, se somos livres e nossa religião é muito bonita para ficar nesta dependência? Houve uma mudança de paradigma que propiciou uma reafricanização de nossa religião. A oralidade é a forma de propagação do aprendizado ancestral mais difundida e, portanto, o contato com a
própria história é o que pode defender a cultura afro-brasileira do fim trágico. Qual a necessidade então, nos dias atuais, de preservarmos um mecanismo de defesa da integridade religiosa do culto trazido pela ancestralidade africana para o Brasil? A resposta é simples, o sincretismo se mantém pela tradição, é cultural associarmos nossos deuses aos deuses católicos.
Referências e adaptação : Os fundamentos religiosos da Nação dos orixás, de Paulo Tadeu Barbosa e material disponível nos sites www.orixas.com.br, www.cotidianoanunciado.com.br (texto Religiões de Matriz Africana. Sincretismo, pra quê?)
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